O mel é produzido pela Associação Terra Indígena do Xingu (Atix).
Território Indígena do Xingu.
“Alguns segmentos no Brasil dizem que a floresta é um empecilho para o desenvolvimento do país, que as Terras Indígenas são improdutivas e que os povos indígenas não contribuem com a economia. Nós desmentimos isso e provamos que, sim, é possível gerar renda com a floresta em pé e que não é preciso desmatar para poder chamar de desenvolvimento.” - Ianukula Kaiabi
Há duas décadas, a apicultura se consolidou como uma importante alternativa de geração de renda articulada com o modo de vida dos povos indígenas do Xingu. Essa prática assegura a soberania alimentar e canaliza os excedentes de produção para o mercado formal, com responsabilidade social e ambiental.
O mel dos povos indígenas do Xingu foi o primeiro produto indígena habilitado a acessar o Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, imprescindível à regularização e ao trânsito dos produtos de origem animal. Em 2003, ele obteve a certificação como produto orgânico pela Associação de Certificação Instituto Biodinâmico (IBD). Em 2015, a ATIX - Associação Território Indígena do Xingu inaugurou o primeiro Sistema Participativo de Garantia (SPG) exclusivamente indígena do mundo, se tornando a primeira associação indígena certificadora de produção orgânica. Em 2017, a ATIX recebeu o Prêmio Iniciativa Equatorial, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo trabalho pioneiro na auto certificação do mel.
Hoje o trabalho envolve mais de 170 apicultores de 58 aldeias dos povos Kawaiweté, Yudjá, Kĩsêtjê, Ikpeng, Kalapalo, Kuikukuro, Kajkwakhratxi e Trumai. Em 2024, foram comercializados cerca de 4.471 kg de mel.
Grupo Pão de Açúcar - Programa Caras do Brasil, Box Amazônia e Mata Atlântica do Mercado de Pinheiros (SP).