Paiakan, tradutor de mundos
Tenho uma ligação muito forte com o povo Kayapó, visitei várias vezes seu território em diversas circunstâncias. Foi Paulinho Paiakan quem me levou pela primeira vez. Sabia muito pouco naquela época, a Constituição de 1988 tinha acabado de ser promulgada. Havia uma questão muito séria de exploração de madeira nas terras Kayapó e ele me pediu para conversar com os líderes sobre esse assunto. A reunião ocorreu na aldeia Gorotire, a mais populosa da Terra Indígena Kayapó, no Pará.