Guerra pela água: após cinco anos de operação de Belo Monte, Volta Grande do Xingu sofre com a seca
“Foi por um sopro”. É assim que os indígenas Juruna, ou Yudjá, descrevem a criação da Volta Grande do Xingu, no Pará. Foi pelo sopro do criador Senã’ã que surgiram as cachoeiras do Jericoá e os próprios indígenas, que vivem ali até hoje. Das pegadas dos primeiros humanos outros sopros fizeram surgir mais pessoas que povoaram essa região. Hoje, cinco anos após o início da operação da hidrelétrica de Belo Monte, os Juruna, povo canoeiro, não tem mais água para navegar nem peixe para se alimentar.